Com o Trem lotado em uma sexta
feira de manhã, a única coisa que lamentei foi estar desconfortável para
continuar minha leitura. Não consegui nem guardar o livro na mochila. Sem meu
entretenimento favorito nas viagens que trilho, resolvi olhar os rostos, notar
as entrelinha dos olhos e os corpos que diziam a mesma coisa que o meu “que
falta de respeito deixar esse trem lotar”. Não sei como processar a CPTM como
alguns advogados, mas sei olhar e ouvir. Gosto das conversas das pessoas quando
falam ao telefone, mais o ato do que o assunto. Sempre que ouço uma conversa de
alguém no celular, me vem o trocadilho patético em mente: “conversa entre
linhas” e completo com o pensamento de que o trem é um universo inteiro, a
parte do mundo e dentro dele. Um
universo que se renova por viagem, uma história e uma vida que se cria. É possível
Amar, como numa vida inteira, o momento passageiro. Ser passageiro é fácil, o
difícil é ser passado.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
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1 Diga lá::
Outro dia li uma crônica sua, através da qual desabafou, demonstrando toda sua insatisfação com o transporte público. Novamente te vejo fazer o mesmo e percebo que nosso meio de locomoção deixa a desejar, mas nos inspira para escrever. Fiz um texto que foi escrito (mentalmente) dentro do ônibus e depois postei no blog.
Não gosto de comentar postando link, mas dessa vez farei isso. ;)- Confere...
http://mosaicosdeumavida.blogspot.com.br/2013/05/vai-desceeeeer.html
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