Lá estava eu, lendo no trem, o
que é habitual, lia encantado cada letra, me esforçando ao máximo para entender
o espanhol de Borges, sim o Jorge Luís. Mas isso não é o importante aqui e sim
minhas distrações momentâneas. Estranhamente, algumas palavras que não estavam no
conto me vieram à mente, são elas: “Pássaro,
Negro, visão, voo, Universo e saudade”.
Pensei em escrever algo com elas:
Das páginas de um livro,
Em um trem em movimento,
Lia letras de uma língua irmã
“El outro” era o Conto.
O Universo lá fora,
com suas gotas enferrujadas,
Colidia com o de dentro.
Chegou de repente.
Era uma chuva torta,
Que batia e insistia,
Que Queria entrar.
Abri a janela e deixei.
Um senhor cego,
Disse:
“Feche o vidro menino”
Não fechei.
Veio então, em voo alto,
Um pássaro negro que logo
partiu.
“Saudade de quando podíamos molhar
o rosto na chuva fria”.
Falou “o outro” no vagão.
Foi uma visão ou será que
sonhei?
1 Diga lá::
Tá escrevendo muito, cara. Muito bom.
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