sexta-feira, 17 de julho de 2015

Rememoriar

Na gaveta, três rascunhos de um poema,
No bolso de outra calça perdi minha autobiografia

Já falei de meu nascimento
Sei que não chovia.

Quando deixamos de ser algo e passamos a ser outro?
Qual o nosso Ser que nos define?
Criança, adolescente, adulto, e depois o não-ser.
Lanço á mente a rememória
Rememoriar é meu novo verbo favorito.

Sou quase baixo, longe de ser alto.
Meus olhos mudam de cor.
Não sei se porque reflete luz ou se elas se perdem
Não sou muito, mas sou tudo que tenho,
Sou um homem quase bonito

Às vezes, parte da água de meu corpo,
possivelmente abstrata, foge lentamente e em cores,
não volta mais, fragmento de mar, talvez um pouco mentirosa.
Estou ficando velho, meu coração cresceu, meu peito não.

1 Diga lá::

Cliceli A.Kovalski disse...

É um conto e meio porque desejamos ver o final mas nunca tem um final, tem um ponto e uma vírgula e ficamos na sensação de pedir mais e querer mais teus contos e meio.

Adoroo
abraço

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