Ás vezes, talvez mais, eu me sinto
como se tivesse dois corações:
Um que vibra, mandando ao meu
corpo uma música que não sei reproduzir em canção. Respiração de conteúdo
codificada. O sangue inspira os dedos que arrancam do sonho um trecho de um
Amor, que para existir até quando pode vira impressão de que existe.
O Outro, monotom-tumtumtum, mesmo
pessimista, que me avisa: “está vivo até quando pode” faz parte da percussão
desta minha anatomia musical. Música que me permite escrever, já que não sei
tocar. Ou talvez seja apenas uma impressão que tenho. Escrever para ter a
sensação de que existo. “Enquanto posso”
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