terça-feira, 17 de agosto de 2010

Corda no relogio

Vi mudar o ponteiro do minuto.
o segundo voa infinitamente,
tic tic tic tac, tic tic tic tac.
horas passam,
tic...tac...tic...tac.
melhor dar corda,
outra hora passou, passou, passou.
O vinho acabou, o tempo rachou.
tic tic tic tac, tic tic tic tac, passou passou
tic tac passou tic passou tac.

Vi mudar o minuto,
o ponteiro caiu.
o segundo, tic tac surdo,
horas tic tac mudo.
Acabou, rachou.
Vinho, tempo.
Tic tac passou.
Melhor não dar corda.

4 Diga lá::

Ge Dias disse...

Poema muito bem construído, com belo ritmo.

Julio Leandro Andrade de Almeida disse...

O Poema nos faz refletir na relação existente entre o Tempo e nossos estados de espírito, o quão efêmeros são os momentos de prazer e alegria, o quanto nos parecem duradouros os momentos de dor e tristeza e como paulatinamente os acontecimentos se sucedem e, no entanto, nos dão a ilusória sensação de que as coisas mudam da noite para o dia. Faz uma advertência quanto aos desdobramentos nocivos da apatia e sua a capacidade de mortificar o mais augusto dos gestos.
Em suma sua atmosfera capta a dualidade: felicidade/tristeza dos momentos, que nos faz querer prolongar o que é nos é prazeroso e mitigar o que nos é doloroso.

Sabrina Araujo disse...

Realmente muito bom!

Sica disse...

Outro dia estava pensando em como o tempo tem passado rápido...

legal ver esse poema...

Acredito que o desejo q temos de chegar o amanhã, a sexta feira, o fds...as férias...nos façam não viver o agora...assim o tempo se esvai...e nem damos contas...

disso vem o comentário já clichê de início de conversas.."a semana(ano ou mês) passou rápido não?!"

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