Descobri, (ou percebi?) que um dos
meus momentos de maior inspiração literária é quando estou em um trem, esse
transporte tão delicado e tão dedicado a nos irritar profundamente de maneira
rápida, fácil e, não raro, sempre.
Essa inspiração não surge apenas da
observação do comportamento alheio dos habitantes temporários do vagão em que
eu também habito temporariamente (se bem, como já disse certa vez, há riqueza literária
e filosófica naquelas pessoas) ás vezes é a distração que me inspira, minha
distração, óbvio. Distração e movimento.
Tantos corpos, humanos ou não,
sendo levados, ou deixando-se levar, para tantos lugares, tantas encruzilhadas, tudo tão rápido e tão
lento que nem da para vender a alma em troca de aprender a tocar violão. Aliás,
algo que pretendo fazer, vendendo a alma ou aprendo na marra.
Estranho é que falei de trem e
movimento, mas esse texto foi escrito minutos antes de dormir. Distração
existia, o pensamento era em uma garota qualquer (quando digo “qualquer” é uma
em especifico, porém não quero que ela se sinta tão especial, não por enquanto)
e o movimento, só se fosse o terrestre, ou o do universo, mas nesse caso
estaria sempre inspirado. Quem sabe não seja uma combinação de lembrança,
distração e movimento? E nesse caso fico muito agradecido.
4 Diga lá::
As distrações tambem me inspiram... Amei o texto!
http://tricia-palavraspequenas.blogspot.com.br/
Minhas inspirações me vem quando reflito no ônibus indo pra casa, os detalhes fascinam, pensar nas histórias de cada um... realmente inspira.
Poeta ^^
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